Fundamentos
Históricos da Educação a Distância.
“Historicamente, o ensino a distância evoluiu através de
diferentes gerações acompanhando o desenvolvimento tecnológico das
telecomunicações,da informática e da Internet. Baseada nas
citações de Kleber C. Martins,no texto "Ensino a distância
no Brasil: problemas e desafios". “O
cenário envolvente desta
forma educacional parte do princípio
de que existe uma separação geográfica
e/ou temporal entre aluno e o professor,a utilização de tecnologia
como veículo de
distribuição e comunicação e,finalmente,o controle do nível
de conhecimentos adquiridos pelo próprio
aluno”.
As tecnologias utilizadas aumentaram progressivamente em
número,complexidade e potencialidade,criando novos modelos de
formação a distância. Essa mudanças podem ser agrupadas em três
gerações;
“Primeira Geração (1840 -1970):Cursos por correspondência. Em
meados do século XIX,estudo em casa,via correspondência,
transformou-se em uma forma legítima de instrução,devido ao
desenvolvimento de serviços postais baratos ,os instrutores passaram
a produzir textos,guias de estudo e outro material e outros materiais
impressos qu eram enviados pelo correio aos estudantes,os quais
ganhavam crédito para concluir com sucessos as suas atribuições
especificas.
Segunda Geração(1970 -1980); Universidades Abertas. Esta geração
caracterizou-se por novos veículos de disseminação de
conteúdos,como rádio e a televisão,complementados com textos para
leitura enviados por correspondência.
Terceira geração (1980 – 1990); Cassetes de vídeo,televisão. O
início do uso de cassetes de vídeo e a proliferação das
comunicações por satélites revelaram o papel da televisão no
ensino a distância. Os conteúdos distribuídos por televisão
ofereciam uma boa qualidade de ensino de imagem e som e os cassetes
de vídeo permitiam que os alunos assistissem às lições do curso a
qualquer hora do dia e repetissem o conteúdo quantas vezes
desejadas.
Quarta geração(1990....): Computadores multimídia,interatividade,e
“Learning”.
Os avanços na tecnologia digital criaram novas formas de
interatividade que reformularam a educação e o modo como os alunos
aprendem à distância”.
Citações de Kleber C. Martins.
O ensino a distância da quarta geração se apresenta com uma nova
roupagem e está baseada nas novas tecnologias(Internet,computador e
DVD. Segundo Assmann (2000),”o
emprego de novas tecnologias,num processo cinegético,amplia
o potencial cognitivo do ser humano e possibilita mixagens completas
e cooperativas,estimulando o aluno a ser autônomo para conduzir o
conhecimento no seu ritmo e conforme sua necessidade de interesse”.
Ainda segundo o autor citado anteriormente “A
EAD de quarta geração é
uma metodologia de ensino que permite a uma mediação síncrona
e assíncrona entre
professor e aluno,a qual requer técnicas
especiais para o desenho dos cursos,técnicas
instrucionais especiais e diferentes métodos
de comunicação,principalmente por meios eletrônicos,assim como uma
organização administrativa própria.
A s inúmeras vantagens da Educação a Distância destacam-se a
seguir:
Flexibilidade no acesso a
Aprendizagem;
Economia de Tempo;
Capilaridade;
Competência;
Inclusão;
Aprendizagem mais
personalizada;
Controle e evolução da
aprendizagem no ritmo do aluno”.
A Inserção
do Brasil na História
da EAD.
O Brasil não esteve alheio à evolução desta metodologia
alternativa de ensino. Já na década de 1940,algumas instituições
como o Instituto Universal Brasileiro e Monitor ofereciam cursos por
correspondência. Em seguida surgiu a Universidade do Ar,que
funcionava pelo Rádio promovida pelo SENAC. Na década de 50 e
60,houve a explosão de cursos por correspondência visando a
alfabetização de adultos. Nas décadas de 70 e 80 ,forma
oferecidos vários cursos na TV,assim como pela Universidade de
Brasília. Finalmente deu-se início ao telecurso 2000 da Globo,que
vem contabilizando mais de 5 milhões de telespectadores.
Na década de 1990, ao vivenciarmos com maior intensidade o processo
de abertura econômica que expressou, a curto prazo, uma forte
pressão pela denominada educação continuada e permanente,além de
trazer consigo toda a discussão em torno do uso das novas
tecnologias, fizeram com que a EAD fosse, novamente considerada como
uma possibilidade real de ampliação de oportunidades educacionais
para a população como um todo. Vivemos um momento histórico, em
que os antigos modelos educacionais já não se sustentam, porém os
novos estão em processo de constituição construção.
A Universidade de Brasília- UnB – é pioneira em iniciativa de
educação a distância no ensino superior brasileiro. O seu projeto
original já preconizava em 1961, o emprego das tecnologias na
educação, de forma democrática e criativa. A Faculdade de Educação
-FE/UnB -comprometida com essa concepção inovadora, participou em
diferentes fóruns de discussão da elaboração e implementação
das políticas de EAD no País,especialmente nos anos 90.
Agora ,no novo milênio,o Brasil está redescobrindo a educação a
distância dentro do contexto e-Learnig, inserindo-se na revolução
tecnológica que vem estabelecendo novos conceitos de
educação,facilitando o contato online(síncrono) entre as pessoas e
permitindo o acesso a uma grande quantidade de informações
necessárias à tomada de decisões no mundo globalizado.
Legalmente a Educação a Distância foi oficializada no Brasil em
1996, na consolidação da última reforma educacional
brasileira,instaurada pela Lei nº 9.394/96. Pela primeira vez,na
histórias da legislação ordinária,o tema EAD se converte em
objeto formal.
Desde sua criação em 1995, a Secretaria de Educação a Distância
– SEED,do Ministério da Educação tem atuado transversalmente às
demais secretarias e órgãos do MEC, bem como em intensa articulação
com os sistemas de ensino,com o propósito de promover a utilização
intensiva das tecnologias de informação e comunicação no
contexto escolar,buscando inovações tecnológicas e metodológicas
para a melhoria da qualidade da educação no país.
A TV Escola e o Proinfo constitui-se os dois pilares sobre os quais
a SEED consolidou-se como referência internacional na área educação
a distância e de tecnologias educacionais. Grande parte do sucesso
alcançado pela SEED nesses dez anos de vida, se deve à estratégia
de trabalho colaborativo com os parceiros de projetos,em destaque as
instituições de educação superior,as Secretarias de Estados de
Educação e as demais secretarias do MEC.
O ano de 2005 representa um marco histórico para a educação a
distância no País, com a criação do Projeto Universidade Aberta
do Brasil- UAB, por meio do qual será possível inovar,propondo
modelo alternativo para oferta e gestão da educação superior. Ele
será formado pelas instituições federais de educação superior,
em estreita relação entre Estados e Municípios, cristalizando a
união de de esforços das três esferas governamentais, visando a
democratização do acesso à educação superior pública,gratuita e
de qualidade.
O estabelecimento de uma política de EAD assume uma grande
importância,pois por meio dessa modalidade de ensino, expande-se a
possibilidade de promover o acesso a ambientes de aprendizagem a
todos aqueles que, pelos os mais diversos motivos, foram excluídos
da sala de aula presenciais, com consequente redução do seu
direito à educação, enquanto condição para o exercício pleno de
cidadania.
O reconhecimento, pelo estado, do papel da EAD, no cenário
educacional brasileiro, encontra-se na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional -Lei nº 9304 de 20/12/1996 – e na criação ,
pelo MEC, da Secretaria de Educação a Distância. Entretanto o
papel da EAD não se restringe àquele de propiciar um meio para
redimir fracassos do sistema educacional brasileiro;a : a EAD
torna-se,cada vez mais um mecanismo para a demanda de grande
relevância, em qualquer nível de ensino.
A educação a distância apresenta-se como uma modalidade flexível
de educação pela qual professores e alunos se envolvem em situações
de ensino-aprendizagem, em espaços e tempos que não compartilham
fisicamente,utilizando-se da mediação propiciada por diferentes
tecnologias. É fundamental que se reitere aqui que a educação a
distância é, antes de tudo, um processo de formação humana,cujas
finalidades podem ser sintetizadas no preparo do aluno para o
exercício da cidadania.
Mediada pelas novas tecnologias da computação e da informação, a
EAD represente sem sombra de dúvidas,uma esperança de realização
de uma grande mudança no nosso sistema de ensino,bem como a
dinamização dos processos de aprendizagem. As possibilidades de
interação disponibilizadas pela Internet, o acesso ao conhecimento
constantemente atualizado ,onde quer que o mesmo seja produzido,
promovem alterações profundas no papel de professores e alunos. Os
primeiros tornam-se formuladores e estimuladores de propostas de
cursos, autores de materiais didáticos, facilitadores, orientadores
e estimuladores do processo de ensino-aprendizagem. Os segundos, são
levados a desenvolver autonomia enquanto aprendem, espírito de
colaboração e capacidade de trabalhar em grupo.
Embora a EAD tenha como pressupostos fundamentais a autonomia
intelectual do aluno e a sua possibilidade de escolher espaços e
tempos para realizar as atividades pedagógicas, elas não podem ser
associadas como autodidatismo . A EAD como modalidade de educação ,
deve ser regida pela intencionalidade e por um programa criterioso e
avançado no que se refere-se ao processo ensino-aprendizagem. E
requer o repensar das propostas curriculares e pedagógicas por meio
das quais se deseja avançar nesse processo. Centrando a atenção
nas características culturais dos sujeitos em situações de
aprendizagem, nas possibilidades educacionais dos códigos
linguísticos e na adoção de estratégias que permitam um adequado
tratamento de conteúdos e formas de expressão de diferentes
saberes.
A EAD constitui um poderoso instrumento de democratização do
acesso à educação,face às dificuldades encontradas pelo governo e
pela sociedade em atender a uma demanda crescente na área, mas há
que se pensar também em alguns problemas específicos dessa
modalidade que precisam ser superados:
As
altas taxas de evasão;
O perigo da padronização dos
cursos,em respeitos às características do público alvo e à
diversidade dos conteúdos;
As dificuldades dos alunos e
professores em lidar com uma proposta educativa nova,mediadas por
tecnologias sensíveis e complexas que requerem o desenvolvimento de
competências tecnológicas básicas;
A necessidades de um
planejamento objetivo do trabalho a ser desenvolvido, uma vez que a
EAD não existe improvisos.
Mas segundo Kleber Carlos Mundim ”O
maior desafio para implementação da EAD no Brasil,um país
com dimensões contrastantes do ponto de vista econômico,social e
cultural. Muitas regiões do Brasil estão completamente excluídas
do acesso à energia, a qual permite a inclusão no mundo da
tecnologia de comunicação a distância, inserindo o indivíduo na
Internet e na evolução tecnológica digital, que são as forças
motoras que promoveram as grandes mudanças em EAD de quarta
geração”.
A EAD
e sua Contribuição na Mudança de Paradigmas Educacionais.
A Educação a Distância é pensada apenas como uma modalidade de
organização curricular que, por suas características e
peculiaridades,pode contribuir para uma maior democratização do
acesso à educação superior.
Essa é uma de suas possibilidades. Mas apesar dessa sua
potencialidade, é importante não vincular a EAD apenas à
possibilidade de se obter uma maior democratização de acesso ao
nível superior,sobretudo para a formação de professores que ainda
não possuam formação nesse nível de ensino.
Além disso, é preciso que os projetos de formação de professores
estejam comprometidos com a (res)-significação de alguns paradigmas
educacionais que tem dado sustentação à ação docente. Nesse
sentido, a educação a distância pode ajudar promover mudanças em
alguns dos paradigmas sustentados pela escola da modernidade.
Pensar a EAD implica,conforme Neder(2001) ”ir
além da dimensão
metodológica. Ela deve
ser vista como parte de um Projeto Político
Pedagógico que vincule a
educação com a luta por uma vida pública
no qual o diálogo, a
tolerância, o respeito à
diversidade estejam atentos aos direitos e condições que organizam
a vida pública como uma
forma social justa e democrática”.
”A Educação a Distância, como uma modalidade pedagógica, com
características especiais,deve fazer parte dos questionamentos e
preocupações hoje existentes no setor educacional e contribuir para
a formação do cidadão autônomo e consciente de suas
responsabilidades sociais.
Essa modalidade exige troca, diálogo e interação entre os atores
da ação pedagógica, uma vez que o aluno e o professor não ocupam
o mesmo espaço no processo da interlocução. Isto permite a
reintegração do aluno como sujeito da construção do
conhecimento,redirecionado o paradigma tradicional,que se concentra
mais nas condições de ensino do que na aprendizagem. A autonomia
do aluno passa a ser um dos ideais da ação educativa. Ele é
estimulado, instigado a buscar, a ser ativo no processo de construção
do conhecimento.
A EAD é fundamentada em processos interativos e
dialógicos,possibilitados, sobretudo, pelas tecnologias da
informação e comunicação atuais, permite não só relações
entre educadores/educando, educando/e seu contexto, mas também que a
aprendizagem ocorra mediante processo de ação-reflexão-ação.
Oportuniza, ainda, o trabalho coletivo, a interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade. Ela envolve, no processo ensino-aprendizagem,
o professor, o aluno e o orientador de aprendizagem(tutor), além de
exigir também o trabalho compartilhado, coletivo, na ação do
planejamento, desenvolvimento e avaliação de suas ações, com
participação de especialistas em informática, em comunicação em
educação,etc.
Em síntese, a EAD, por suas peculiaridades,pode ser concebida como
uma modalidade de organização da prática pedagógica que pode
contribuir para a a formação de cidadãos e, ainda como uma
modalidade que oportuniza uma (res)significação de paradigmas
educacionais, sobretudo no que diz respeito:
à compreensão da educação
como um sistema aberto;
ao conhecimento como um
processo
à dimensão tempo/espaço
escolar, como construção subjetiva;
à autonomia do estudante no
processo da aprendizagem;
à interlocução no processo
de comunicação dos sujeitos da ação educativa;
à compreensão da educação
como processo permanente;
à compreensão do conhecimento
em rede”.
Citações de Maria Lúcia Cavalli Neder. Na Obra ”Educação
a Distância e a possibilidade de (res)-significação de paradigmas
Educacionais,2001.
O Processo de ensino-aprendizagem no contexto de EAD.
As estratégias com as quais procuramos mobilizar a aprendizagem
dos alunos, tanto na forma presencial de ensino, quanto em ambientes
virtuais, reflete nossas concepções do processo
ensino-aprendizagem. A fundamentação da ação pedagógica em EAD,
apoia-se na visão construtivista desse processo.
A concepção construtivista da aprendizagem integra uma série
de princípios pedagógicos já consagrados na prática educativa,
cujo eixo central é a ênfase na ação cognitiva do aluno, enquanto
sujeito do processo de conhecimento.
Em ambientes virtuais de aprendizagem, a ação cognitiva não pode
ser entendida como mera atividade do aluno em manusear recursos
informáticos. Mas do que isso, tem o sentido de uma interação
permanente entre os alunos e os conteúdos de ensino. Assim é
fundamental que o professor seja capaz de dirigir e regular as
situações que se apresentem ao longo do percurso do estudante no
ambiente virtual, oferecendo ao aluno o apoio necessário à
superação de suas dificuldades e de seus erros, condição essa
basilar na elevação de seu nível de competência cognitiva e de
autonomia, para apreender aquilo que lhe é ensinado a distância.
Nesse panorama de intenções possíveis o que se deve buscar é
atender as , diferentes necessidades dos alunos, ajudando cada um a
progredir, a partir dos seus conhecimentos disponíveis. É
importante construir uma atmosfera favorável para a aprendizagem,
estimulando os alunos a participara; é fundamental implementar
atividades devidamente planejadas, permitindo aos estudantes não só
aumentar os seus conhecimentos como também adquirir habilidades
interpretativas, teoria e prática.
A tendência a concentrar as atenções da EAD nas tecnologias,
noa meios e processos, muitas vezes situa os sujeitos aprendizes em
plano secundário. No entanto, quando tratamos do estudandte em
educação a distância não devemos idealizá-lo como algo
homogêneo,como se todos tivessem os mesmo estilos de aprendizagem e
modo de pensar, e que assim vão explorar facilmente as linguagens em
curso a distância.
A EAD em suas diferentes concepções de aprendizagem utiliza-se
das linguagens visuais, sonoras e audiovisuais.
Tanto o meios (TV, rádio, jornal e internet) quanto os
materiais educativos(materiais em áudio, audiovisual,
escritos)utilizados em Educação a Distância são mais que
simples meios materiais/tecnológicos constituem veículos de
linguagens e, como tal devem ser considerados por suas possibilidades
de comunicação educativas.
As chamadas tecnologias da informação e da comunicação (TIC)
abrem novas perspectivas para o desenvolvimento da educação tanto
no dia- a -dia da educação presencial quanto na mediada por
tecnologia à distância e em sua dimensão virtual.
Trata-se, pois, de novas demandas educacionais que se apresentam
figurando novos cenários educacionais. Esse novo espaço virtual,
denominado por Pierre Levy (Cibercultura, 2007) de Ciberespaço,
suscita novas questões para pesquisas na educação a distância,
assinalando a preocupação com os aspectos relativos às
especificidades da educação virtual ou digital em que sobressaem
questões relativas às plataformas de aprendizagem virtual, em
especial ao processo de aprendizagem desenvolvido por meio de chats
acadêmicos, fóruns temáticos de discussão virtual, e-mails, e de
todo o uso pedagógico das ferramentas virtuais síncronas e
assíncronas.
Os professores têm experiências e conhecimentos que embasam seus
critérios de seleção dos materiais bibliográficos que consideram
apropriados para desenvolver seus conteúdos
e objetivos, como para utilização e exploração das diversas
linguagens utilizadas em EAD. No entanto, persiste um problema
básico: as deficiências de leitura por uma parte significativa dos
estudantes, não resolvidas no ensino primário e no secundário e
que se agravam e refletem na formação do docente no ensino super.
Com o uso dessas ferramentas virtuais ganha destaque a questão das
práticas de leitura que fornecem embasamento teórico onde se
sobressaem os desafios da mediação pedagógica que fomenta o
desenvolvimento de um aluno que seja capaz de realizar uma leitura
proficiente e seja crítico, que se manifeste de forma coerente
durante a interação com seus pares por meio de uma aprendizagem
ativa e compartilhada, haja vista que é um processo onde ambos
interagem havendo uma troca mútua de informações sem se estar
necessariamente na presença do interlocutor.
Considerando que a leitura é essencial para aprendizado do aluno e,
consequentemente, tem implicações na formação acadêmica no
desempenho do futuro profissional, este trabalho evidencia a
necessidade do professor conhecer a importância da prática da
leitura para fundamentar sua ação pedagógica, pois além de ter os
conhecimentos específicos de uma determinada disciplina é
necessário também ter conhecimento sobre as técnicas de ensino da
leitura.
A atuação como coordenadora do polo da Universidade Aberta do
Brasil em Cruzeiro do Sul - Acre, tem oportunizado a grata
experiência em ambiente virtual utilizados pelos cursistas,
ferramenta fundamental para acompanhamento e avaliação do
desenvolvimento dos cursos.
Numa análise preliminar constatamos que a falta de leitura, tanto
dos textos dispostos na plataforma, das biografias indicadas como de
leituras afins e de conhecimentos gerais, são um dos principais
problemas para um embasamento coerente na expressão de suas ideias.
Dessa forma,no projeto monográfico , pretendo averiguar os motivos
da falta de leitura, suas raízes e eventuais prejuízos no
desempenho dos cursos despertando o gosto pela leitura de maneira que
o aluno possa buscar o conhecimento de forma crítica, reflexiva e
criativa, tornado-se um aluno leitor proficiente. Alguém cuja
compreensão da leitura ultrapasse a simples decodificação, alguém
que construa um significado através dos elementos linguísticos e
dos elementos implícitos no texto, que estabeleça relações com
outro textos já lidos, das ideias do autor e suas próprias
vivências.
Pois identificar as habilidades e estratégias envolvidas na leitura
é decisivo para se realizar uma boa produção textual, seja de
forma real ou virtual (fóruns, chats ou conferências web),
conduzindo o aluno à produção de conhecimentos novos, sem perder
de vista o conhecimento já elaborado.
Baseando-se nesta afirmação, é necessário a realização de um
trabalho que desenvolva no aluno a capacidade de superar suas
dificuldades de leituras , produções textuais e oralidade,
sugerindo mecanismos ou atividades que venham suprir as deficiências
dos alunos na prática de leitura, formando alguém que ultrapasse a
simples decodificação e construa um significado através dos
elementos linguísticos e dos elementos implícitos no texto
posicionado-se diante das ideias do autor, tornando-os leitores
proficientes.
Que a partir do aplicação deste projeto seja dada pelos mesmos a
dimensão da importância da leitura no contexto universitário
transformando-o em um leitor capaz de compreender o escrito, e que
sejam capazes de posicionar-se diante dele com criticidade e que
tenham uma autonomia intelectual para interagir de maneira virtual
com seus pares no processo de Educação à Distância.
De maneira que a EAD, por suas peculiaridades,possa ser
concebida como uma modalidade de organização da prática pedagógica
que possa contribuír para a formação de cidadãos e, como já foi
citado anteriormente segundo Neder(2001) ir além da dimensão
metodológica. Seja vista como parte de um Projeto Político
Pedagógico que vincule a educação com a luta por uma vida pública
no qual o diálogo, a tolerância, o respeito à diversidade estejam
atentos aos direitos e condições que organizam a vida pública como
uma forma social justa e democrática.
Bibliografia:
"Ensino a distância no
Brasil: problemas e desafios", de Kleber Carlos Mundim,
disponível
em: http://vsites.unb.br/iq/kleber/Publications/KCM-Livro-EaD.pdf
.
Neder,Maria Lúcia
Cavalli. Na Obra ”Educação
a Distância e a
possibilidade de ressignificação
de paradigmas Educacionais,2001.
”Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede”-CTAR
– Amaralima Miranda de
Souza e organizadoras. Brasília
– 2009.
BELLONI,Maria
Luiza. ”Educação a
Distância”.
Campinas,1999.
Coord. Polo Presencial UAB de Cruzeiro do Sul -Acre
Centro de Educação Permanente- CEDUp
TEL. (68) 3322 7986
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