quinta-feira, 22 de março de 2012

Históricos da Educação a Distância.


Fundamentos Históricos da Educação a Distância.


“Historicamente, o ensino a distância evoluiu através de diferentes gerações acompanhando o desenvolvimento tecnológico das telecomunicações,da informática e da Internet. Baseada nas citações de Kleber C. Martins,no texto "Ensino a distância no Brasil: problemas e desafios". O cenário envolvente desta forma educacional parte do princípio de que existe uma separação geográfica e/ou temporal entre aluno e o professor,a utilização de tecnologia como veículo de distribuição e comunicação e,finalmente,o controle do nível de conhecimentos adquiridos pelo próprio aluno.
As tecnologias utilizadas aumentaram progressivamente em número,complexidade e potencialidade,criando novos modelos de formação a distância. Essa mudanças podem ser agrupadas em três gerações;
“Primeira Geração (1840 -1970):Cursos por correspondência. Em meados do século XIX,estudo em casa,via correspondência, transformou-se em uma forma legítima de instrução,devido ao desenvolvimento de serviços postais baratos ,os instrutores passaram a produzir textos,guias de estudo e outro material e outros materiais impressos qu eram enviados pelo correio aos estudantes,os quais ganhavam crédito para concluir com sucessos as suas atribuições especificas.
Segunda Geração(1970 -1980); Universidades Abertas. Esta geração caracterizou-se por novos veículos de disseminação de conteúdos,como rádio e a televisão,complementados com textos para leitura enviados por correspondência.
Terceira geração (1980 – 1990); Cassetes de vídeo,televisão. O início do uso de cassetes de vídeo e a proliferação das comunicações por satélites revelaram o papel da televisão no ensino a distância. Os conteúdos distribuídos por televisão ofereciam uma boa qualidade de ensino de imagem e som e os cassetes de vídeo permitiam que os alunos assistissem às lições do curso a qualquer hora do dia e repetissem o conteúdo quantas vezes desejadas.
Quarta geração(1990....): Computadores multimídia,interatividade,e Learning. Os avanços na tecnologia digital criaram novas formas de interatividade que reformularam a educação e o modo como os alunos aprendem à distância. Citações de Kleber C. Martins.
O ensino a distância da quarta geração se apresenta com uma nova roupagem e está baseada nas novas tecnologias(Internet,computador e DVD. Segundo Assmann (2000),o emprego de novas tecnologias,num processo cinegético,amplia o potencial cognitivo do ser humano e possibilita mixagens completas e cooperativas,estimulando o aluno a ser autônomo para conduzir o conhecimento no seu ritmo e conforme sua necessidade de interesse.
Ainda segundo o autor citado anteriormente A EAD de quarta geração é uma metodologia de ensino que permite a uma mediação síncrona e assíncrona entre professor e aluno,a qual requer técnicas especiais para o desenho dos cursos,técnicas instrucionais especiais e diferentes métodos de comunicação,principalmente por meios eletrônicos,assim como uma organização administrativa própria.
A s inúmeras vantagens da Educação a Distância destacam-se a seguir:
Flexibilidade no acesso a Aprendizagem;
Economia de Tempo;
Capilaridade;
Competência;
Inclusão;
Aprendizagem mais personalizada;
Controle e evolução da aprendizagem no ritmo do aluno.
A Inserção do Brasil na História da EAD.

O Brasil não esteve alheio à evolução desta metodologia alternativa de ensino. Já na década de 1940,algumas instituições como o Instituto Universal Brasileiro e Monitor ofereciam cursos por correspondência. Em seguida surgiu a Universidade do Ar,que funcionava pelo Rádio promovida pelo SENAC. Na década de 50 e 60,houve a explosão de cursos por correspondência visando a alfabetização de adultos. Nas décadas de 70 e 80 ,forma oferecidos vários cursos na TV,assim como pela Universidade de Brasília. Finalmente deu-se início ao telecurso 2000 da Globo,que vem contabilizando mais de 5 milhões de telespectadores.
Na década de 1990, ao vivenciarmos com maior intensidade o processo de abertura econômica que expressou, a curto prazo, uma forte pressão pela denominada educação continuada e permanente,além de trazer consigo toda a discussão em torno do uso das novas tecnologias, fizeram com que a EAD fosse, novamente considerada como uma possibilidade real de ampliação de oportunidades educacionais para a população como um todo. Vivemos um momento histórico, em que os antigos modelos educacionais já não se sustentam, porém os novos estão em processo de constituição construção.
A Universidade de Brasília- UnB – é pioneira em iniciativa de educação a distância no ensino superior brasileiro. O seu projeto original já preconizava em 1961, o emprego das tecnologias na educação, de forma democrática e criativa. A Faculdade de Educação -FE/UnB -comprometida com essa concepção inovadora, participou em diferentes fóruns de discussão da elaboração e implementação das políticas de EAD no País,especialmente nos anos 90.
Agora ,no novo milênio,o Brasil está redescobrindo a educação a distância dentro do contexto e-Learnig, inserindo-se na revolução tecnológica que vem estabelecendo novos conceitos de educação,facilitando o contato online(síncrono) entre as pessoas e permitindo o acesso a uma grande quantidade de informações necessárias à tomada de decisões no mundo globalizado.
Legalmente a Educação a Distância foi oficializada no Brasil em 1996, na consolidação da última reforma educacional brasileira,instaurada pela Lei nº 9.394/96. Pela primeira vez,na histórias da legislação ordinária,o tema EAD se converte em objeto formal.
Desde sua criação em 1995, a Secretaria de Educação a Distância – SEED,do Ministério da Educação tem atuado transversalmente às demais secretarias e órgãos do MEC, bem como em intensa articulação com os sistemas de ensino,com o propósito de promover a utilização intensiva das tecnologias de informação e comunicação no contexto escolar,buscando inovações tecnológicas e metodológicas para a melhoria da qualidade da educação no país.
A TV Escola e o Proinfo constitui-se os dois pilares sobre os quais a SEED consolidou-se como referência internacional na área educação a distância e de tecnologias educacionais. Grande parte do sucesso alcançado pela SEED nesses dez anos de vida, se deve à estratégia de trabalho colaborativo com os parceiros de projetos,em destaque as instituições de educação superior,as Secretarias de Estados de Educação e as demais secretarias do MEC.
O ano de 2005 representa um marco histórico para a educação a distância no País, com a criação do Projeto Universidade Aberta do Brasil- UAB, por meio do qual será possível inovar,propondo modelo alternativo para oferta e gestão da educação superior. Ele será formado pelas instituições federais de educação superior, em estreita relação entre Estados e Municípios, cristalizando a união de de esforços das três esferas governamentais, visando a democratização do acesso à educação superior pública,gratuita e de qualidade.
O estabelecimento de uma política de EAD assume uma grande importância,pois por meio dessa modalidade de ensino, expande-se a possibilidade de promover o acesso a ambientes de aprendizagem a todos aqueles que, pelos os mais diversos motivos, foram excluídos da sala de aula presenciais, com consequente redução do seu direito à educação, enquanto condição para o exercício pleno de cidadania.
O reconhecimento, pelo estado, do papel da EAD, no cenário educacional brasileiro, encontra-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -Lei nº 9304 de 20/12/1996 – e na criação , pelo MEC, da Secretaria de Educação a Distância. Entretanto o papel da EAD não se restringe àquele de propiciar um meio para redimir fracassos do sistema educacional brasileiro;a : a EAD torna-se,cada vez mais um mecanismo para a demanda de grande relevância, em qualquer nível de ensino.
A educação a distância apresenta-se como uma modalidade flexível de educação pela qual professores e alunos se envolvem em situações de ensino-aprendizagem, em espaços e tempos que não compartilham fisicamente,utilizando-se da mediação propiciada por diferentes tecnologias. É fundamental que se reitere aqui que a educação a distância é, antes de tudo, um processo de formação humana,cujas finalidades podem ser sintetizadas no preparo do aluno para o exercício da cidadania.
Mediada pelas novas tecnologias da computação e da informação, a EAD represente sem sombra de dúvidas,uma esperança de realização de uma grande mudança no nosso sistema de ensino,bem como a dinamização dos processos de aprendizagem. As possibilidades de interação disponibilizadas pela Internet, o acesso ao conhecimento constantemente atualizado ,onde quer que o mesmo seja produzido, promovem alterações profundas no papel de professores e alunos. Os primeiros tornam-se formuladores e estimuladores de propostas de cursos, autores de materiais didáticos, facilitadores, orientadores e estimuladores do processo de ensino-aprendizagem. Os segundos, são levados a desenvolver autonomia enquanto aprendem, espírito de colaboração e capacidade de trabalhar em grupo.
Embora a EAD tenha como pressupostos fundamentais a autonomia intelectual do aluno e a sua possibilidade de escolher espaços e tempos para realizar as atividades pedagógicas, elas não podem ser associadas como autodidatismo . A EAD como modalidade de educação , deve ser regida pela intencionalidade e por um programa criterioso e avançado no que se refere-se ao processo ensino-aprendizagem. E requer o repensar das propostas curriculares e pedagógicas por meio das quais se deseja avançar nesse processo. Centrando a atenção nas características culturais dos sujeitos em situações de aprendizagem, nas possibilidades educacionais dos códigos linguísticos e na adoção de estratégias que permitam um adequado tratamento de conteúdos e formas de expressão de diferentes saberes.
A EAD constitui um poderoso instrumento de democratização do acesso à educação,face às dificuldades encontradas pelo governo e pela sociedade em atender a uma demanda crescente na área, mas há que se pensar também em alguns problemas específicos dessa modalidade que precisam ser superados:
As altas taxas de evasão;
O perigo da padronização dos cursos,em respeitos às características do público alvo e à diversidade dos conteúdos;
As dificuldades dos alunos e professores em lidar com uma proposta educativa nova,mediadas por tecnologias sensíveis e complexas que requerem o desenvolvimento de competências tecnológicas básicas;
A necessidades de um planejamento objetivo do trabalho a ser desenvolvido, uma vez que a EAD não existe improvisos.
Mas segundo Kleber Carlos Mundim O maior desafio para implementação da EAD no Brasil,um país com dimensões contrastantes do ponto de vista econômico,social e cultural. Muitas regiões do Brasil estão completamente excluídas do acesso à energia, a qual permite a inclusão no mundo da tecnologia de comunicação a distância, inserindo o indivíduo na Internet e na evolução tecnológica digital, que são as forças motoras que promoveram as grandes mudanças em EAD de quarta geração.

A EAD e sua Contribuição na Mudança de Paradigmas Educacionais.

A Educação a Distância é pensada apenas como uma modalidade de organização curricular que, por suas características e peculiaridades,pode contribuir para uma maior democratização do acesso à educação superior.
Essa é uma de suas possibilidades. Mas apesar dessa sua potencialidade, é importante não vincular a EAD apenas à possibilidade de se obter uma maior democratização de acesso ao nível superior,sobretudo para a formação de professores que ainda não possuam formação nesse nível de ensino.
Além disso, é preciso que os projetos de formação de professores estejam comprometidos com a (res)-significação de alguns paradigmas educacionais que tem dado sustentação à ação docente. Nesse sentido, a educação a distância pode ajudar promover mudanças em alguns dos paradigmas sustentados pela escola da modernidade.
Pensar a EAD implica,conforme Neder(2001) ir além da dimensão metodológica. Ela deve ser vista como parte de um Projeto Político Pedagógico que vincule a educação com a luta por uma vida pública no qual o diálogo, a tolerância, o respeito à diversidade estejam atentos aos direitos e condições que organizam a vida pública como uma forma social justa e democrática.
”A Educação a Distância, como uma modalidade pedagógica, com características especiais,deve fazer parte dos questionamentos e preocupações hoje existentes no setor educacional e contribuir para a formação do cidadão autônomo e consciente de suas responsabilidades sociais.
Essa modalidade exige troca, diálogo e interação entre os atores da ação pedagógica, uma vez que o aluno e o professor não ocupam o mesmo espaço no processo da interlocução. Isto permite a reintegração do aluno como sujeito da construção do conhecimento,redirecionado o paradigma tradicional,que se concentra mais nas condições de ensino do que na aprendizagem. A autonomia do aluno passa a ser um dos ideais da ação educativa. Ele é estimulado, instigado a buscar, a ser ativo no processo de construção do conhecimento.
A EAD é fundamentada em processos interativos e dialógicos,possibilitados, sobretudo, pelas tecnologias da informação e comunicação atuais, permite não só relações entre educadores/educando, educando/e seu contexto, mas também que a aprendizagem ocorra mediante processo de ação-reflexão-ação. Oportuniza, ainda, o trabalho coletivo, a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Ela envolve, no processo ensino-aprendizagem, o professor, o aluno e o orientador de aprendizagem(tutor), além de exigir também o trabalho compartilhado, coletivo, na ação do planejamento, desenvolvimento e avaliação de suas ações, com participação de especialistas em informática, em comunicação em educação,etc.
Em síntese, a EAD, por suas peculiaridades,pode ser concebida como uma modalidade de organização da prática pedagógica que pode contribuir para a a formação de cidadãos e, ainda como uma modalidade que oportuniza uma (res)significação de paradigmas educacionais, sobretudo no que diz respeito:
à compreensão da educação como um sistema aberto;
ao conhecimento como um processo
à dimensão tempo/espaço escolar, como construção subjetiva;
à autonomia do estudante no processo da aprendizagem;
à interlocução no processo de comunicação dos sujeitos da ação educativa;
à compreensão da educação como processo permanente;
à compreensão do conhecimento em rede.
Citações de Maria Lúcia Cavalli Neder. Na Obra Educação a Distância e a possibilidade de (res)-significação de paradigmas Educacionais,2001.


O Processo de ensino-aprendizagem no contexto de EAD.

As estratégias com as quais procuramos mobilizar a aprendizagem dos alunos, tanto na forma presencial de ensino, quanto em ambientes virtuais, reflete nossas concepções do processo ensino-aprendizagem. A fundamentação da ação pedagógica em EAD, apoia-se na visão construtivista desse processo.
A concepção construtivista da aprendizagem integra uma série de princípios pedagógicos já consagrados na prática educativa, cujo eixo central é a ênfase na ação cognitiva do aluno, enquanto sujeito do processo de conhecimento.
Em ambientes virtuais de aprendizagem, a ação cognitiva não pode ser entendida como mera atividade do aluno em manusear recursos informáticos. Mas do que isso, tem o sentido de uma interação permanente entre os alunos e os conteúdos de ensino. Assim é fundamental que o professor seja capaz de dirigir e regular as situações que se apresentem ao longo do percurso do estudante no ambiente virtual, oferecendo ao aluno o apoio necessário à superação de suas dificuldades e de seus erros, condição essa basilar na elevação de seu nível de competência cognitiva e de autonomia, para apreender aquilo que lhe é ensinado a distância.
Nesse panorama de intenções possíveis o que se deve buscar é atender as , diferentes necessidades dos alunos, ajudando cada um a progredir, a partir dos seus conhecimentos disponíveis. É importante construir uma atmosfera favorável para a aprendizagem, estimulando os alunos a participara; é fundamental implementar atividades devidamente planejadas, permitindo aos estudantes não só aumentar os seus conhecimentos como também adquirir habilidades interpretativas, teoria e prática.
A tendência a concentrar as atenções da EAD nas tecnologias, noa meios e processos, muitas vezes situa os sujeitos aprendizes em plano secundário. No entanto, quando tratamos do estudandte em educação a distância não devemos idealizá-lo como algo homogêneo,como se todos tivessem os mesmo estilos de aprendizagem e modo de pensar, e que assim vão explorar facilmente as linguagens em curso a distância.
A EAD em suas diferentes concepções de aprendizagem utiliza-se das linguagens visuais, sonoras e audiovisuais. Tanto o meios (TV, rádio, jornal e internet) quanto os materiais educativos(materiais em áudio, audiovisual, escritos)utilizados em Educação a Distância são mais que simples meios materiais/tecnológicos constituem veículos de linguagens e, como tal devem ser considerados por suas possibilidades de comunicação educativas.
As chamadas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) abrem novas perspectivas para o desenvolvimento da educação tanto no dia- a -dia da educação presencial quanto na mediada por tecnologia à distância e em sua dimensão virtual.
Trata-se, pois, de novas demandas educacionais que se apresentam figurando novos cenários educacionais. Esse novo espaço virtual, denominado por Pierre Levy (Cibercultura, 2007) de Ciberespaço, suscita novas questões para pesquisas na educação a distância, assinalando a preocupação com os aspectos relativos às especificidades da educação virtual ou digital em que sobressaem questões relativas às plataformas de aprendizagem virtual, em especial ao processo de aprendizagem desenvolvido por meio de chats acadêmicos, fóruns temáticos de discussão virtual, e-mails, e de todo o uso pedagógico das ferramentas virtuais síncronas e assíncronas.
Os professores têm experiências e conhecimentos que embasam seus critérios de seleção dos materiais bibliográficos que consideram apropriados para desenvolver seus conteúdos e objetivos, como para utilização e exploração das diversas linguagens utilizadas em EAD. No entanto, persiste um problema básico: as deficiências de leitura por uma parte significativa dos estudantes, não resolvidas no ensino primário e no secundário e que se agravam e refletem na formação do docente no ensino super.
Com o uso dessas ferramentas virtuais ganha destaque a questão das práticas de leitura que fornecem embasamento teórico onde se sobressaem os desafios da mediação pedagógica que fomenta o desenvolvimento de um aluno que seja capaz de realizar uma leitura proficiente e seja crítico, que se manifeste de forma coerente durante a interação com seus pares por meio de uma aprendizagem ativa e compartilhada, haja vista que é um processo onde ambos interagem havendo uma troca mútua de informações sem se estar necessariamente na presença do interlocutor.
Considerando que a leitura é essencial para aprendizado do aluno e, consequentemente, tem implicações na formação acadêmica no desempenho do futuro profissional, este trabalho evidencia a necessidade do professor conhecer a importância da prática da leitura para fundamentar sua ação pedagógica, pois além de ter os conhecimentos específicos de uma determinada disciplina é necessário também ter conhecimento sobre as técnicas de ensino da leitura.
A atuação como coordenadora do polo da Universidade Aberta do Brasil em Cruzeiro do Sul - Acre, tem oportunizado a grata experiência em ambiente virtual utilizados pelos cursistas, ferramenta fundamental para acompanhamento e avaliação do desenvolvimento dos cursos.
Numa análise preliminar constatamos que a falta de leitura, tanto dos textos dispostos na plataforma, das biografias indicadas como de leituras afins e de conhecimentos gerais, são um dos principais problemas para um embasamento coerente na expressão de suas ideias.
Dessa forma,no projeto monográfico , pretendo averiguar os motivos da falta de leitura, suas raízes e eventuais prejuízos no desempenho dos cursos despertando o gosto pela leitura de maneira que o aluno possa buscar o conhecimento de forma crítica, reflexiva e criativa, tornado-se um aluno leitor proficiente. Alguém cuja compreensão da leitura ultrapasse a simples decodificação, alguém que construa um significado através dos elementos linguísticos e dos elementos implícitos no texto, que estabeleça relações com outro textos já lidos, das ideias do autor e suas próprias vivências.
Pois identificar as habilidades e estratégias envolvidas na leitura é decisivo para se realizar uma boa produção textual, seja de forma real ou virtual (fóruns, chats ou conferências web), conduzindo o aluno à produção de conhecimentos novos, sem perder de vista o conhecimento já elaborado.
Baseando-se nesta afirmação, é necessário a realização de um trabalho que desenvolva no aluno a capacidade de superar suas dificuldades de leituras , produções textuais e oralidade, sugerindo mecanismos ou atividades que venham suprir as deficiências dos alunos na prática de leitura, formando alguém que ultrapasse a simples decodificação e construa um significado através dos elementos linguísticos e dos elementos implícitos no texto posicionado-se diante das ideias do autor, tornando-os leitores proficientes.
Que a partir do aplicação deste projeto seja dada pelos mesmos a dimensão da importância da leitura no contexto universitário transformando-o em um leitor capaz de compreender o escrito, e que sejam capazes de posicionar-se diante dele com criticidade e que tenham uma autonomia intelectual para interagir de maneira virtual com seus pares no processo de Educação à Distância.
De maneira que a EAD, por suas peculiaridades,possa ser concebida como uma modalidade de organização da prática pedagógica que possa contribuír para a formação de cidadãos e, como já foi citado anteriormente segundo Neder(2001) ir além da dimensão metodológica. Seja vista como parte de um Projeto Político Pedagógico que vincule a educação com a luta por uma vida pública no qual o diálogo, a tolerância, o respeito à diversidade estejam atentos aos direitos e condições que organizam a vida pública como uma forma social justa e democrática.


Bibliografia:


"Ensino a distância no Brasil: problemas e desafios", de Kleber Carlos Mundim, disponível em: http://vsites.unb.br/iq/kleber/Publications/KCM-Livro-EaD.pdf .

Neder,Maria Lúcia Cavalli. Na Obra Educação a Distância e a possibilidade de ressignificação de paradigmas Educacionais,2001.

”Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede-CTAR Amaralima Miranda de Souza e organizadoras. Brasília 2009.

BELLONI,Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas,1999.


Elenilda Maia
Coord. Polo Presencial UAB de Cruzeiro do Sul -Acre
Centro de Educação Permanente- CEDUp
TEL. (68) 3322 7986







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